sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Tatuagem
Queria poder tatuar em minha pele, cravar em meu corpo, marcar em meu peito, sentir a agulha desenhar sobre mim; todas as frases que gosto, todos os símbolos que me importam, todas as pessoas que amo, todos os lugares que fui, qualquer lugar que eu for, o que quer que seja, o que me der na telha.
Quero um rabisco, um gesto, de um jeito que só eu saiba, que só eu entenda.
Quero um mapa de mim, indicando onde dói, onde eu gosto, onde eu quero. Quero um manual. Procuro um aval para poder arranhar minhas costas, deslizar por meus braços, satisfazer a dor implícita, cair na malícia de agir.
Queria poder escrever e reescrever o destino que visto, a roupa que não tiro. Apagar e retocar de acordo com o que penso, do que quero. Queria arranhar, machucar a sangue e tinta dos dedos aos pescoço, dos seios ao dorso.
E no final, me vestiria de longas roupas, cabelos soltos e sairia, me expondo apenas, a mim.
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