Se meu destino foi escrito nas estrelas, e é gritado aos sete céus, se meu nome, meu aniversário, meus dias são contados e espalhados por revistas e jornais, e se sou, aquilo que está estampado no horóscopo, se meu destino foi definido pelo zodíaco, o que me resta se não pensar que a personalidade de cada um é selecionada em um tabuleiro como um jogo de azar? O que me resta se não pensar que eu sou propositalmente o que sou? Que questiono pois assim nasci para o fazer? Que pergunto, porque era para assim eu ser?
Não é opção, é destino. E se mesmo em meu livre arbítrio, tenho limitações pré-selecionadas? Será que tenho escolha? Será que já tive escolha? Poderia ser o que quer que fosse, mas nasci no dia e na hora que me definiram ser o que sou. E se eu quiser ser Aries? Touro? Aquário? Ou nada? E se eu não quiser hora pra nascer? momento certo pra viver? E se eu não quiser dia pra morrer? Pra casar? Pra amar?
Hoje, rasgo o horóscopo da revista e mesmo que me digam que era dia de tristezas, com muita certeza, serei feliz.
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